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Transformação digital: setores mais afetados (positivamente) pela pandemia

No fim de 2020, o Ministério da Economia divulgou uma lista dos setores econômicos mais afetados pela pandemia, entre eles, atividades artísticas e comércio de veículos. Em contrapartida, a SEMrush, empresa especializada em marketing digital, identificou os setores que estão se destacando neste cenário graças à transformação digital:

  • Plataformas de trabalho remoto;
  • Exercícios em casa;
  • Plataformas de Streaming;
  • Plataformas de delivery;
  • Educação à distância;
  • Sites de receitas.

Surpreso com a lista? Muitos dirão que não! Se analisarmos com atenção, todos esses setores atendem ao consumidor online. São pessoas que precisaram se adaptar a uma nova rotina em casa e, com isso, seus hábitos de consumo também mudaram.

As restrições de locomoção e de funcionamento de lojas, por exemplo, incentivaram o uso de aplicativos de compras. Essa é uma das principais justificativas para o aumento de 80% nas buscas do Google por serviços de entrega de alimentos.

O isolamento social também estimulou muitas pessoas a se capacitarem. Com isso, a Coursera, uma das maiores plataformas de educação online, teve um aumento de tráfego no seu site de 149%.

A BizDev identificou outros setores que estão se destacando nesse cenário adverso. A maioria deles estão intrinsecamente ligados às atividades presenciais, mas se apropriaram da transformação digital e fizeram da crise uma oportunidade. Conheça abaixo!

Varejo

As vendas presenciais, historicamente a principal modalidade de comercialização no varejo, foi fortemente impactada com as medidas restritivas para conter o avanço do coronavírus. Contudo, alguns segmentos e empresas se beneficiaram dessa situação.

De acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no acumulado de 2020, quatro dos oito segmentos do varejo tiveram alta nas vendas:

  • Supermercados, alimentos, bebidas e fumo (4,8%);
  • Móveis e eletrodomésticos (10,6%);
  • Artigos farmacêuticos, médicos e de perfumaria (8,3%);
  • Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,5%).

Esses quatro setores foram os responsáveis por manter o volume de vendas em um patamar positivo em 2020. De forma antagônica, outros setores tiveram perdas em vendas, por exemplo, livros, jornais, revistas e papelaria (-30,6%) e tecidos, vestuário e calçados (-22,7%).

Mas o que fez alguns setores varejistas se destacarem, enquanto outros não?

Alguns conseguiram levar as vendas para o ambiente digital, como o varejo alimentício, através das plataformas de delivery (iFood, Uber Eats, 99 Food) e as entregas diretas.

Outros apenas surfaram na onda, como o varejo farmacêutico. O delivery em farmácia não é novidade e já existia antes da pandemia. Contudo, algumas empresas aproveitam para se inserir nas plataformas de delivery, que já são conhecidas pelos consumidores online.

Esse “e-commerce para farmácias” é uma tendência que traz oportunidades para os dois lados, lojistas e clientes. Enquanto o primeiro é beneficiado com a ampliação dos seus canais de vendas, o segundo tem a comodidade de receber seu produto em casa.

Construção civil

Talvez você estranhe esse setor na lista, uma vez que a construção civil está diretamente ligada às atividades presenciais. Entretanto, por fazer parte do rol de serviços essenciais, não ficou impedido de funcionar.

Um relatório de inteligência setorial do Sebrae indica que no pós-pandemia, a construção civil será impactada pela “Low Touch Economy”, a chamada Nova Economia do distanciamento social. Se você nunca ouviu falar desse termo, não se preocupe, vamos explicar.

A Low Touch Economy veio para transformar as relações de trabalho e a vida de modo geral. Nos canteiros de obras, em especial, algumas mudanças já podem ser notadas: transportes com lotação reduzida, escalonamento no horário de almoço e medidas sanitárias.

Essas são mudanças necessárias para atender a legislação trabalhista e, claro, preservar vidas. Desse modo, inovar é fundamental para manter o desenvolvimento sustentável do negócio.

A transformação digital também chegou a esse setor e aqui estão algumas tendências para ficar de olho:

  • Plataformas BIM – Modelagem de informação;
  • Gerenciamento digital da logística;
  • Wearables (dispositivos vestíveis):
  • Óculos 3D;
  • Botas inteligentes;
  • Sensores em capacetes e roupas.
  • Gestão de contas por apps;
  • Realidade aumentada em PDVs.

Imobiliárias

Na contramão do esperado, o setor imobiliário se mantém em crescimento. Em 2020, o setor teve uma expansão de 26% e para 2021 a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) projeta um crescimento de 35%.

Um dos fatores que contribuiu para esse crescimento foi a não interrupção das atividades da construção civil, garantindo a execução de toda cadeia produtiva desse setor. Somente no ano passado, mais de 119 mil imóveis foram comercializados.

Do mesmo modo, a queda das taxas de juros dos financiamentos imobiliários e a busca por melhor qualidade de vida influenciaram no número de venda.

E no pós-pandemia, quais as perspectivas para o setor? Antes de responder a essa pergunta, precisamos dar destaque às tecnologias que ajudaram a dar fôlego ao setor, tanto para agilizar processos internos, quanto para ampliar as vendas:

  • Novamente as plataformas BIM – Modelagem de informação;
  • Uso de robôs para automatizar processos;
  • Tour virtual nos imóveis.

Com o home office se consolidando com uma tendência duradoura, o setor imobiliário é influenciado de duas formas. Primeiramente, pelas empresas que pretendem fazer mudanças em seus escritórios, seja para ampliação ou redução do ambiente.

Segundo, pelos funcionários que agora permanecerão definitivamente em home office ou de forma alternada no escritório. Com consequência, espera-se mudanças nas plantas dos imóveis e busca por apartamentos maiores e mais confortáveis.

Digitaliza-se ou não: eis a questão

A digitação dos negócios já não é uma alternativa, mas sim um diferencial competitivo. Como mostramos ao longo do texto, um novo perfil de consumidor foi construído a partir das mudanças na rotina em função da pandemia.

Contudo, não basta apenas criar presença digital: um site institucional e um perfil em rede social. Hoje, os consumidores estão cada vez mais exigentes, eles desejam ser vistos, ouvidos e vivenciar experiências não convencionais.

Compreender quem é o seu público, ou melhor, desenvolver suas buyer personas é o primeiro passo para criar estratégias eficazes no ambiente digital em consonância ao ambiente presencial.

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