O Storytelling não requer nenhum “dom” especial
Todos nós já nos deparamos com situações onde estávamos completamente desligados de um produto ou serviço, mas por intervenção de uma pessoa que consegue nos cativar contando uma situação envolvente sobre ele, acabamos entendendo aquilo por essencial em nossas vidas.
Com certeza a dúvida que ocorre nestes momentos é: porque isso ocorre? Essa pessoa é especial ou possui algum dom que eu não tenho. Será preciso nascer com esse talento específico, ou ter vivido boas histórias ou consigo desenvolver isso com alguma técnica?
Efeitos de um bom Storytelling
A verdade é que algumas pessoas realmente possuem maior facilidade de trazer uma história envolvente por terem um ótimo repertório de situações e uma memória fotográfica para ilustrá-las de tal forma que seja possível se imaginar dentro dela. Outros cativam pela narrativa, às vezes a história é muito simples, mas a forma como a contam as tornam mais interessantes.
Todavia, há ainda aquelas pessoas que não são grandes comunicadores ou extrovertidas, mas que por pensar de uma forma mais lógica conseguem estabelecer uma ordem sequencial na narrativa o que acaba por nos envolver pela coerência, e transmitem segurança nos fatos narrados.
Sendo mais visual ou mais lógico, a verdade é que alguém com um forte Storytelling consegue nos envolver e cativar e despertar nossa criatividade a ponto de conseguirmos nos imaginarmos em outras situações diferentes da atual e isso que torna esse recurso, tão poderoso.
Usos do Storytelling na prática
Um bom Storytelling te transporta e coloca em lugares onde jamais poderia se imaginar e é aí que reside a sua força. Mas como conseguimos aplicar essa força em nossas histórias? Como eu posso usar o Storytelling para envolver as pessoas?
Marcas de luxo são mestres em fazer o Storytelling nos transportar para onde desejamos estar e com isso nos envolver a ponto de entendermos que somos capazes e com a ajuda de seus produtos chegaremos a um patamar acima do que desejávamos desde o começo.
Elas costumam trabalhar temas como superação de obstáculos e objetivos, conquistas pessoais e profissionais ao nível mais extremo e peculiar, elevando o indivíduo ao estado da arte em sua performance. Quem não deseja isso?
Como essas marcas conseguiram elevar o valor de seu produto se não trabalhassem o storytelling de forma a transportar as pessoas aos seus sonhos mais profundos? E entregar isso?
E nas vendas, como consigo aplicar o Storytelling?
A venda tem uma parte racional e outra emocional, e isso torna o storytelling uma grande aliada. Na fase de awareness ao falar dos objetivos e aspirações falamos ao emocional. Ao nos encaminharmos às fases finais como ‘conhecimento do problema’ e ‘conversão’ podemos pensar que o lado racional é primordial (e de fato é). Porém, sem resgatarmos o desejo inicial, aquela visualização criativa de sucesso e realização que foi inspirada na fase de awareness, dificilmente vamos levar nosso relacionamento adiante conquistando o cliente.
Por isso, as fases finais são as mais desafiadoras, pois não contam com uma ou outra estratégia, mas tem que “concluir” a história com maestria e final feliz hollywoodiano, para então podermos ir além e continuar encantando o cliente na sua jornada dentro de casa. A coerência traduz a consistência do discurso e no final sela com chave de ouro essa jornada.
Storytelling e Transparência “are the new black”
Portanto é importante ressaltar aqui a transparência do início ao fim do relacionamento com o cliente, pois este é um ciclo que não se fecha. O cliente sempre vai ter uma opinião sobre sua marca, então que ela seja sempre permeada por elogios e lembranças de um serviço prestado com excelência, atenção e carinho acima de tudo.
Originalmente publicado no site da DIWE: acesse aqui